quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A igualdade perante a lei existe?

É quase impossível de acreditar que a Declaração do Homem e do Cidadão serviu de base para a construção da Constituição Federal Brasileira de 1988, se analisarmos na prática.
Mesmo dizendo que todos os homens são iguais perante a lei, independente de classe social ou instrução, sabemos que políticos e pessoas com alto poder aquisitivo nunca ficam tempo suficiente na cadeia como punição para seus crimes fiscais, administrativos e até crimes contra a vida de outras pessoas (isso quando chegam a ser condenados!). Em contrapartida, pessoas humildes inúmeras vezes são condenadas por crimes que não cometeram e passam boa parte de sua vida trancafiadas atrás de uma grade sem a mínima condição de sobrevivência digna.
Está expresso na Declaração e na Constituição que toda associação política deve conservar os direitos do homem como a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. Levando essas palavras para o dia-a-dia, é fácil encontrar acontecimentos que as contrariam como por exemplo a corrupção (não só em Brasília, mas em todas os municípios e estados), as votações realizadas na Câmara dos Deputados onde são escolhidos benefícios para eles mesmos, e todos os desvios de verbas que prejudicam a construção de novas casas populares. Esses atos comprovam que a grande maioria dos políticos, que deveriam assegurar ao povo melhores condições, só estão preocupados em garantir seu próprio futuro.
Teoricamente somos todos iguais e o limite da nossa liberdade é quando inicia a liberdade do outro, ou seja, não podemos prejudicar o direito de ninguém. Todos os noticiários comunicam diariamente algum caso de abuso sexual por parte de empresários e políticos bem sucedidos. Na maioria dos casos, os possíveis acusados conseguem se livrar das acusações, sendo através do suborno ou até usando pessoas inocentes para levar a culpa. Não existe prova maior para mostrar que o direito à liberdade não é concedido de maneira igual na nossa sociedade, pois para que o abuso acontecesse alguma pessoa ( no caso a violentada) teve não só sua liberdade mas todos os seus sentimentos e vontades cruelmente violados e invadidos.
Nossa sociedade contemporânea, tão evoluída no ponto de vista tecnológico, não passa de uma aglomeração de pessoas despreparadas para o convívio público. A minoria segue os princípios de respeito ao próximo, na prática não somos todos iguais ( somos julgados por nossas posses materiais) e não temos a quem recorrer, afinal, as pessoas que escolhemos para mudar nossa realidade estão muito ocupadas planejando sua próxima viagem.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O fim dos impérios


As potências econômicas no século XX foram passadas para trás pela sua própria ganância. Pensando apenas em enriquecer ainda mais e dominar os outros países dominaram povos com culturas diferentes e chegaram até a marginalizá-los, escravizá-los.
No momento de exploração levaram para o oriente seus conhecimentos, suas ideologias e seus avanços tecnológicos. A Revolução Industrial, por exemplo, espalhou-se pelo Mundo possibilitando o aumento na produtividade e também na comunicação entre países distantes. Apesar da superioridade que demonstravam, mostraram-se completamente frágeis e desorganizados ao protagonizarem duas guerras mundiais e perderam nelas tanto suas colônias quanto parte de seu povo, que servia o exército.
O que aconteceu no século XX continua até hoje. Existem países indiretamente comandados pela atual potência econômica, porém podemos ver que a força exercida pelos Estados Unidos já não é mais a mesma daquela no início da colonização. Mesmo com as indústrias e avanços tecnológicos, eles ainda necessitam de matéria-prima e acima de tudo do petróleo produzido principalmente no Oriente Médio. No século XXI, assim como no século XX, a potência necessita da “colônia” para aumentar o seu poder, ou seja, o mundo econômico é um círculo vicioso, onde todas as partes estão interligadas.