A política...

Já faz um tempo que podemos associar “política” com “sujeira” ( talvez tenha sido assim desde o início!). Assim como em outros setores, também na política os homens estão presentes em maior número. Alguns pesquisadores afirmam que essa diferença na quantidade de mulheres e homens no comando de cidades, estados ou até países é a consequência do fato de que o capital ainda gira em torno das mãos masculinas, portanto, o sexo feminino não consegue investir tanto em sua campanha política ( a não ser que por trás de uma grande mulher exista também um poderoso e influente homem, como no caso da Hillary Clinton).
No Brasil, tivemos o caso de Rosena Sarney (PFL-MA) que disputou o cargo da presidência brasileira e chegou a liderar a pesquisa de intenções de votos, porém desistiu do projeto após ser acusada de captar recursos ilegais para sua campanha.
Na Prefeitura da cidade de São Paulo tivemos Marta Suplicy, criticada também por muitos e apoiadas por outros, mas que também teve em seu histórico desconfianças em relação a corrupção que voltaram a tona agora com Gilberto Kassab suspeitando da compra de merenda escolar. Assim como Hillary Clinton que usa o sobrenome do marido para impor seu poder, Marta mesmo depois de se separar do ex marido Eduardo Suplicy ( hoje senador do estado de São Paulo) continua assinando com o sobrenome de casada.
Há quem diga por aí que Dilma Rousseff é a possível sucessora de Lula para as eleições de 2010. Atualmente ela é a Ministra-Chefe da casa civil mas participou também da política gaúcha. Um fato curioso é que de uns tempos cara cá nosso presidente faz questão de colocá-la em evidência na mídia com afirmações de que ela seria a mais capacitada para assumir a presidência ( depois dele, é claro). Dilma sofreu com a ditadura militar, chegou a ser exilada mas também tem seu nome ligado a venda da Varig e da VarigLog para o fundo norte- americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros já que a lei proíbe estrangeiros de terem mais de 20% do capital das companhias aéreas ( mesmo sem provas concretas apresentadas, Dilma é acusada de ter proibido Denise Abreu, ex diretora da Anac, de exigir documentos dos brasileiros envolvidos da compra que comprovassem a capacidade financeira deles).
Ao que tudo indica, aquela história de que mulher é mais sensível e ligada às outras pessoas por causa do seu extinto maternal não passa de mais uma jogada de marketing pessoal que coloca pessoas do sexo feminino na mídia, disputando votos e mais votos.
A política mundial precisa de pessoas realmente capacitadas, sendo elas homens ou mulheres. Em Brasília, por exemplo, todos ficam muito perto do dinheiro público talvez por isso gostem tanto de pegar um “pouquinho emprestado”.
Não importa se é homem, mulher, negro, pardo, branco, amarelo... o importante é ter consciência e força de vontade para lutar pelos verdadeiros problemas da sociedade sem se deixar levar pela “vida boa” que é oferecida aos políticos que dão importância apenas para seus anseios pessoais.